terça-feira, 30 de maio de 2017

Porto de Santos alcança índice de 27,6% da balança comercial



Nas exportações, o valor das transações comerciais internacionais pelo Porto de Santos foi de US$ 18,4 bilhões no acumulado do ano

Porto de Santos alcançou em abril deste ano a maior participação percentual do ano na balança comercial brasileira, com US$ 31,7 bilhões comercializados de janeiro a abril.
Este número representa 27,6% do total de US$ 114,9 bilhões do comércio exterior do país no período, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Os dados foram compilados pela Gerência de Estatísticas da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Nas exportações, o valor das transações comerciais internacionais pelo Porto de Santos foi de US$ 18,4 bilhões no acumulado do ano, o que equivale a uma participação de 27% do porto. O total do país é de US$ 68,1 bilhões.
A China continua como principal parceira comercial, com a participação de 20,4% no período, cerca de US$ 3,74 bilhões. Estados Unidos (11,4%, por volta de US$ 2,09 bilhões), Argentina (7,4%, aproximadamente US$ 1,36 bilhão), Holanda (2,9%), México (2,8%), Bélgica (2,5%), Arábia Saudita, Tailândia (cada um com 2,4% de participação) e Irã (2,1%) completam os nove principais importadores pelo cais santista.
Já nas importações, o resultado do Porto de Santos entre janeiro e abril é de US$ 13,4 bilhões, correspondente a 28,6% do total brasileiro (US$ 46,8 bilhões).
A participação da China é de US$ 2,91 bilhões (21,8% no total do porto). Em segundo, Estados Unidos, com US$ 2,17 bilhões e participação de 16,3%. Completam os dez maiores parceiros comerciais na importação: Alemanha (8,7% – US$ 1,15 bilhão), Coreia do Sul (4,8%), Japão (4,6%), França (3,7%), Índia (2,9%), Itália (2,9%), México (2,7%) e Argentina (2,5%).

Produtos

Em valores comerciais, a principal carga exportada pelo Porto de Santos neste período é a soja, com US$ 3,24 bilhões, correspondente a 17,6% do total.
Do total, 15,7% foram comercializados com a China. Tailândia e a Coreia do Sul também estão entre os principais importadores do produto, que foi comercializado ainda com outros nove países.
O açúcar é o segundo produto de maior participação comercial nas exportações este ano, com 9,9% do total do porto (US$ 1,82 bilhão). Nesse período, a Argélia foi a principal importadora, seguida de Bangladesh e Índia. O açúcar seguiu também para outros 43 países.
Em terceiro lugar, o café em grãos correspondeu a 7,7% das exportações (US$ 1,41 bilhão), enviado Alemanha, Estados Unidos, Itália e outros 63 países.
Em seguida, a carne bovina teve participação comercial de US$ 694,9 milhões, equivalente a 3,8% do total. As peças foram para a China, Hong Kong, Irã e mais 58 países.
Nas importações, as cargas de maior valor comercial desembarcadas em Santos foram óleo diesel (US$ 344,7 milhões), importado dos Estados Unidos, Suíça e Portugal; caixas de marchas (US$ 228,8 milhões), importadas do Japão, Coreia do Sul, Indonésia e outros 14 países; e células e painéis solares, vindas da China, Malásia e Vietnã, no valor de US$ 155,7 milhões.
Créditos Por Agência Brasil

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Gravação levanta suspeita sobre novo Decreto dos Portos

Uma conversa por telefone na qual o presidente Michel Temer dialoga com o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), interceptada pela Polícia Federal, pode gerar um novo pedido de inquérito ao Supremo Tribunal Federal (STF) e levanta suspeita sobre o novo Decreto dos Portos. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pela Reportagem.
No último dia 4, Temer recebeu ligação de Loures, que estava grampeado. O deputado buscava saber sobre a assinatura do novo Decreto dos Portos e a conversa durou pouco mais de 2 minutos. O presidente da República informou o parlamentar que iria assinar o decreto na outra semana.
Depois de falar com Temer, Loures passou informações também por telefone a Ricardo Conrado Mesquita, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e diretor da empresa Rodrimar, que opera no Porto de Santos.
No dia 10 deste mês, Temer assinou o decreto para facilitar investimentos privados nos portos. Na conversa ao telefone, o presidente indica o que é uma das principais mudanças previstas no decreto: o aumento para 35 anos de prazos dos contratos de arrendatários, prorrogáveis por até 70 anos.
Na ligação gravada, após Loures comentar que teve informação de que já teria sido assinado o decreto, Temer disse: “Não. Vai ser assinado na quarta-feira à tarde. Vai ser numa solenidade até, viu?”. Em outro trecho da conversa, o presidente diz que “aquela coisa dos 70 anos lá para todo mundo parece que está acertando aquilo lá”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve pedir a abertura de inquérito para investigar Loures por suspeita de tráfico de influência. Os investigadores ainda avaliam o caso para definir se o presidente deve ou não ser incluído no pedido de investigação.
Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-diretor de Relações Institucionais da J&F (dona da JBS, de Joesley Batista), Ricardo Saud, também citou o deputado Rodrigo Loures e o executivo Ricardo Mesquita. Segundo Saud, o parlamentar cogitou utilizar Mesquita como intermediário da propina a ser paga pela JBS.
Ainda na delação, Saud disse que o presidente da Rodrimar, Antônio Celso Grecco, é “amigo” do presidente Michel Temer.
Defesa
Em nota, o Planalto afirma que “houve amplo debate com o setor antes da publicação do decreto de renovação das concessões de portos. Todos os dados são públicos”. E ainda relata que as conversas não continham nenhum objeto protegido por sigilo tampouco informações privilegiadas.
“Na conversa entre o presidente Michel Temer e o deputado Rodrigo Rocha Loures, somente se revela o dia em que estava programado evento público para assinatura do ato. Sequer o conteúdo foi repassado como informação. Nas conversas subsequentes, o deputado dialoga com empresários e fala da preparação da divulgação, inclusive para a imprensa.
O assunto não comportava nenhum sigilo ou informação privilegiada, apenas a publicação do decreto que finaliza o longo processo de negociação entre o Governo e o setor empresarial, como é comum e legítimo em uma democracia”, consta na nota do Planalto.
O Grupo Rodrimar informou que a conversa entre seu diretor Ricardo Mesquita e o deputado Rodrigo Loures ocorreu pois Mesquita, como conselheiro da ABTP, integrava o grupo de representantes empresariais que elaborou uma lista de demandas do setor, pedida pelo Governo e que serviu como base para o novo Decreto dos Portos. E as reuniões desse grupo eram acompanhadas por parlamentares, entre eles, Loures.
Ao preparar o decreto, o Ministério dos Transportes havia pedido uma relação das demandas prioritárias das empresas do setor, medidas julgadas essenciais para atrair investimentos. Essa lista foi elaborada por representantes de entidades empresariais portuárias e entregue ao Governo.
A Rodrimar ainda relatou que não foi atendida “totalmente” pelo decreto, mas “parcialmente”, uma vez que as novas regras não garantem a renovação dos contratos de arrendamento firmados antes de 1993 – o contrato do terminal de contêineres do grupo, no Cais do Saboó, foi assinado antes desse ano.
O Grupo ainda negou que seu diretor tenha recebido qualquer pedido para intermediar dinheiro de propina, justificando que o nome de Mesquita foi usado por Loures sem o conhecimento do executivo. A empresa também negou qualquer relação de amizade do empresário Antônio Celso Grecco com o presidente Temer.
Fonte: A Tribuna

GUARDA PORTUÁRIA EXONERA DELEGADA E NOMEIA CORONEL




              Apesar da sua vasta experiência na área de segurança pública, Beltrão não tem o curso de Supervisor de Segurança Portuária
Na última quarta-feira (24), a Delegada de Polícia Civil, Izabela Silva Rodrigues Santoni, foi exonerada do cargo de superintendente da Guarda Portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ).
A sua nomeação no cargo em 10 de julho de 2015 provocou reações da categoria, que consideram o ato de Alexandre Porto Gadelha, presidente da Companhia na época, uma ilicitude, pois em que pese o seu vasto currículo na Polícia Civil, além de Izabela não ter nenhuma experiência na área portuária, ela não possuía o curso de Supervisor de Segurança Portuária (SSP), conforme determina a Portaria nº 350, da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR).

Seção I

Da Constituição da Unidade de Segurança

§ 1º A referida unidade terá como gestor empregado do quadro próprio ou de livre nomeação sendo exigido, para o exercício do cargo, nível de escolaridade superior, Curso Especial de Supervisor de Segurança Portuária, atualizado conforme Resolução específica da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis - CONPORTOS, e experiência mínima de 5 (cinco) anos devidamente comprovada na área de segurança.

Ao assumir, Izabela nomeou para os cargos de encarregados da Guarda Portuária, que estão imediatamente abaixo do cargo de Superintendente, os senhores Joel Dias Martins Júnior, para Encarregado de Supervisão de Segurança Portuária, Marcelo Costa de Jesus, para Encarregado de Segurança do Porto de Itaguaí e Antônio Mário Carvalho para Encarregado de Segurança do Porto do Rio de Janeiro, também oriundos do quadro da Polícia Civil.

Denúncias

Tanto o sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro (STSPPERJ), como a Federação Nacional dos Portuários (FNP), fizeram denúncias em vários órgãos alertando sobre o descumprimento da Lei.
Junto a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ) foi solicitada uma inspeção na CDRJ para constatação do descumprimento da Resolução ANTAQ 3.274, de 06 de fevereiro de 2014, principalmente no tocante ao:

"Art. 33 Constituem infrações administrativas da Autoridade Portuária, sujeitando-a à cominação das respectivas sanções:
XIII - deixar de organizar a Guarda Portuária, em conformidade com a regulamentação expedida pelo poder concedente: multa de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Ao Ministério Público do Trabalho - MPT 1ª Região – RJ, através de Sua Procuradora-Chefe, Drª Teresa Cristina D”Almeida Basteiro e à CONATPA, foi feita denúncia e solicitada a abertura de procedimento investigatório para apuração e punição dos responsáveis, se fosse o caso. Levando inclusive, se acharem necessário, o fato ao conhecimento do Ministério Público Federal - RJ e Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.

Posteriormente, a Federação Nacional dos Portuários (FNP), através do Diretor de Assuntos da Guarda Portuária, Jorcy de Oliveira Filho denunciou a Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (CONPORTOS), sobre a possível irregularidade da inscrição de representantes do Porto do Rio de Janeiro, para participarem do 15º Curso Especial de Supervisor de Segurança Portuária (CESSP). Vários órgãos também foram notificados.

Junto a Secretaria de Portos da Presidência da República - SEP/PR foi solicitada cobrança e esclarecimentos da CDRJ sobre o flagrante descumprimento da Portaria SEP 350/2014.
Mesmo após cobrança por parte da Secretaria de Portos, hoje vinculada ao Ministério dos Transportes, a Portaria SEP nº 350, de 01 de Out de 2014, que teve 24 meses para ser implementada em sua totalidade, encerrada no dia 01 de Outubro de 2016, ela não vinha sendo cumprida pelos últimos presidentes da CDRJ.

O Artigo 1º, no Par. 2º, da referida Portaria, descreve que os cargos de tomada de decisão e supervisão deverão ser preenchidos por membros da própria Guarda Portuária, o que no Rio de Janeiro não vinha sendo cumprido.

Nomeação

Na última sexta-feira (26), o Diretor-Presidente da CDRJ, Tarcísio Tomazoni, nomeou o Coronel José Crispiniano Beltrão Lessa, como Superintendente da Guarda Portuária.
Nascido em 28 de novembro de 1950, na Cidade do Rio de Janeiro, o Cel. Beltrão ingressou no Curso de Formação de Oficiais em 1969 e foi graduado em 1973. Realizou vários cursos de aperfeiçoamento, tais como Curso de Operações Especiais (Exército Brasileiro), Curso de Informações (Escola Nacional de Informações), Curso de Resgate de Reféns em Aeronaves (Força Aérea Brasileira) e Curso de Atirador Sniper (Força Aérea Brasileira). Atuou na Atividade Operacional na Área de Inteligência (Exército Brasileiro e Presidência da República) e como perito em Explosivos Civis e Militares.

Instrutor do curso de Operações Especiais do Bope (1978 a 2000) e instrutor convidado pelo Governo da Angola a atuar na área de inteligência, o novo Superintendente da Guarda possui vasta experiência em gestão e segurança pública, tendo sido Comandante dos Batalhões do BOPE, do 7º BPM (São Gonçalo), 9º BPM (Honório Gurgel), 14º BPM (Bangu) e 17º BPM (Ilha do Governador) e Diretor Geral de Finanças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
Bacharel em Segurança Pública (Escola de Formação de Oficiais - PMERJ), Bacharel em Ciências Administrativas (UNISUAM), o Coronel também possui Curso Superior de Polícia Militar (Escola Superior - PMERJ).

O convite foi recebido com entusiasmo pelo Coronel. “Após quarenta e dois anos de serviços prestados à Pátria, é uma alegria muito grande estar à frente da Guarda Portuária. Farei o meu melhor.” Garante o Coronel, que, além de um extenso currículo, mostra capacidade de trabalho e visão administrativa.

Demais cargos

Nos demais cargos, assim como determina a Portaria 350, foram designados integrantes do quadro da Guarda Portuária.
Joaquim Gomes da Silva Neto foi designado como substituto eventual do cargo de Superintendente da Guarda Portuária.
Pablo Vital de Lima foi designado para o cargo de Encarregado de Segurança do Porto de Rio de Janeiro e Alex de Sousa Fonseca como substituto eventual.
Alex Oliveira da Silva foi designado para o cargo de Encarregado de Segurança do Porto de Itaguai e Wallace Villarmosa de Oliveira como substituto eventual.
Amauri Carlos de Faria foi designado para o cargo de Encarregado de Supervisão de Segurança Portuária e Tomas André Lopes como substituto eventual.
Gustavo Miranda de Souza Nogueira foi designado para o cargo de Encarregado de Investigação e Rodrigo Motta Alexandre como substituto eventual.

Irregularidade

Apesar da sua vasta experiência na área de segurança pública e de ser credenciado junto a CONPORTOS como consultor da empresa Network Consultores Associados Ltda. para atuar na elaboração de Estudos de Avaliação de Risco das Instalações Portuárias e dos Planos de Segurança Pública Portuária, nos termos da deliberação nº 7, de 31 de outubro de 2003, do CONPORTOS/MJ, Beltrão não tem o curso de Supervisor de Segurança Portuária.

O STSPPERJ, assim como ocorreu com a nomeação da sua antecessora, deverá denunciar a todos os órgãos, o descumprimento da lei.

Fonte:http://www.segurancaportuariaemfoco.com.br


Terceira Seção define que desacato continua a ser crime

     

 Por maioria, os ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram que desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela continua a ser crime, conforme previsto no artigo 331 do Código Penal. Após uma decisão da Quinta Turma de dezembro de 2016 pela descriminalização da conduta, o colegiado afetou um habeas corpus para que a seção (que reúne as duas turmas de direito penal do STJ) pacificasse definitivamente a questão.
Segundo o ministro Antonio Saldanha Palheiro, autor do voto vencedor, a tipificação do desacato como crime é uma proteção adicional ao agente público contra possíveis “ofensas sem limites”.
Para o magistrado, a figura penal do desacato não prejudica a liberdade de expressão, pois não impede o cidadão de se manifestar, “desde que o faça com civilidade e educação”.
O ministro destacou que a responsabilização penal por desacato existe para inibir excessos e constitui uma salvaguarda para os agentes públicos, expostos a todo tipo de ofensa no exercício de suas funções.

Sem benefícios
Com outros fundamentos, o ministro Rogerio Schietti Cruz acompanhou o voto vencedor e disse que a exclusão do desacato como tipo penal não traria benefício concreto para o julgamento dos casos de ofensas dirigidas a agentes públicos.
Ele explicou que, com o fim do crime de desacato, as ofensas a agentes públicos passariam a ser tratadas pelos tribunais como injúria, crime para o qual a lei já prevê um acréscimo de pena quando a vítima é servidor público.
Schietti lembrou que, apesar da posição da Comissão Interamericana de Direitos Humanos ser contrária à criminalização do desacato, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgão que efetivamente julga os casos envolvendo indivíduos e estados, já deixou claro em mais de um julgamento que o direito penal pode responder a eventuais excessos na liberdade de expressão.
Acrescentou, por outro lado, que o Poder Judiciário brasileiro deve continuar a repudiar reações arbitrárias eventualmente adotadas por agentes públicos, punindo pelo crime de abuso de autoridade quem, no exercício de sua função, reagir de modo autoritário a críticas e opiniões que não constituam excesso intolerável do direito de livre manifestação do pensamento.
Abuso de poder
O relator do caso, ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que ficou vencido no julgamento, votou pela concessão do habeas corpus para afastar a imputação penal por desacato. O magistrado destacou que o Brasil assinou em 1992 a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José) e que a tipificação do desacato como tipo penal seria contrária ao pacto por afrontar a liberdade de expressão.
Para o ministro, eventuais abusos gestuais ou verbais contra agentes públicos poderiam ser penalmente responsabilizados de outra forma, e a descriminalização do desacato não significaria impunidade.
Ao acompanhar o relator, o ministro Ribeiro Dantas – que foi relator do caso julgado em dezembro pela Quinta Turma – afirmou que não se deve impor uma blindagem aos agentes públicos no trato com os particulares. Ele disse que o Judiciário gasta muito tempo e dinheiro para julgar ações por desacato, muitas vezes decorrentes do abuso do agente público que considera como ofensa a opinião negativa do cidadão.

Créditos: http://www.stj.jus.br

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Reviravolta na Guarda Portuária do Rio de Janeiro


                 Após grande peleja para que policiais civis deixassem os cargos comissionados, que são exclusivos da Guarda Portuária, a diretoria da CDRJ, não só exonera os estranhos à corporação, como nomeia, para todos os cargos de chefia, Rondantes da casa.
Tal atitude causa turbulências na corporação, visto que jamais um integrante da Guarda Portuária não sendo Inspetor, teria ocupado cargos de comando.
Os Inspetores, contrários às nomeações, reclamam a exclusividade dos cargos de chefia a eles, noutra ponta, Guardas e Rondantes, vibram pela quebra de um paradigma centenário.
Este Sindicato, vê com cautela a situação, visto que, em seu papel sindical, deve defender os direitos de toda a Guarda, independente se Guarda, Rondante, Agente ou Inspetor.
Tomar um lado de defesa nesse momento seria causar um transtorno perigoso a toda a corporação, afinal, após uma grande batalha para cumprimento das portaria 121 e 350, em fim, estamos todos em família.
A grande controvérsia, sempre está nas subjetividades das leis e portarias, causando dúvidas. A Portaria 121/Maio/2009 da SEP por exemplo, diz o seguinte em seu artigo terceiro:

“Art. 3º - O Regulamento da Guarda Portuária conterá, necessariamente:
I - A fixação do efetivo necessário;
II - A sua organização, com os vários escalões da sua hierarquia interna;”

Já a Portaria 350/Out/2014   dá outro entendimento em sua definição

Seção I
Da Constituição da Unidade de Segurança
Art. 2º A administração do porto, na qualidade de autoridade
portuária, deverá estabelecer, na sua estrutura organizacional, diretamente subordinada ao seu dirigente máximo, unidade administrativa encarregada de organizar, gerenciar e supervisionar os serviços de segurança portuária.
§ 1º A referida unidade terá como gestor empregado do quadro próprio ou de livre nomeação sendo exigido, para o exercício do cargo, nível de escolaridade superior, Curso Especial de Supervisor de Segurança Portuária, atualizado conforme Resolução específica da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis - CONPORTOS, e experiência mínima de 5 (cinco) anos devidamente comprovada na área de segurança.
§ 2º Eventuais cargos de supervisão ou chefias de equipes, do quadro próprio, que tenham como função específica a tomada de decisões voltadas à segurança e proteção das instalações portuárias, e que estejam hierarquicamente subordinados ao gestor descrito no § 1º
deste artigo, deverão ser preenchidos por integrantes da guarda portuária que tenham, no mínimo, nível médio de escolaridade ou equivalente e que atendam a critérios de capacitação, de experiência e de avaliação periódica estabelecidos no regimento interno do porto.

Estes são trechos de ambas as portarias que, estão causando dúvidas nas interpretações e consequentemente nas nomeações.

Independente de quem esteja com a batuta nas mãos, há muito trabalho e uma casa grande pra arrumar. Portarias estão sendo descumpridas, descasos com reciclagens, treinamentos, capacitações, especializações, reorganização da hierarquia, ajustamento das funções de Rondantes e Agentes, uniforme, armas, coletes, etc.

Este Sindicato da Guarda está aqui para apoiar e somar forças, mas também está disposto a cobrar o cumprimento das legislações.

Como falado anteriormente, estamos à disposição para somar e buscar soluções.

Estamos de olho nos acontecimentos.

Abaixo seguem as portarias








quinta-feira, 25 de maio de 2017

Nova Gestão na CDRJ

Novo diretor presidente assume e cai a chefia da Guarda Portuária do Rio de Janeiro


                   Na data de hoje, está havendo na CDRJ, a troca de superintendência da Guarda Portuária, onde o apadrinhamento político incondicional foi importante para que cargos garantidos pela Portaria 350/SEP à integrantes de carreiras, fossem distribuídos à pessoas de outras instituições.
Importante ressaltar que, não temos qualquer diferença pessoal com aqueles que ocuparam nossos cargos indevidamente, mas defendemos nossa instituição como eles defendem as deles. Por tanto, desejamos sucesso aos que nos deixam.
Infelizmente, as gestões dos ex diretores presidentes, os Srs. Alexandre Porto Gadelha e seu sucessor, Hideraldo Luis Aragão Mouta não tiveram pulso ( assim acreditamos) para lutar contra essa arrogante força que sufoca as portarias 121 e 350 emitidas pela Secretaria Especial de Portos.
Pois bem, conforme a assessoria de comunicação da CDRJ, no último dia 18, assume o Dr. Tarcísio Tomazoni, já mostra sensatez e equilíbrio nesse primeiro momento, fazendo cumprir a Portaria 350 já mencionada.

Abaixo, conforme ASSCOM/CDRJ o currículo do Sr. Tomazoni, confiram:



Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Especialista em Finanças Empresariais pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Bacharel em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), o catarinense Tarcísio Tomazoni  possui grande experiência em gestão, reestruturação de processos, implantação de projetos, finanças e tecnologia. O novo Presidente da Companhia foi o principal executivo de um dos maiores grupos de educação do país (com operações em 19 Estados e mais de 150 municípios) durante sete anos, tendo sido responsável pela implantação do novo modelo de governança do grupo, pela reestruturação administrativa, financeira e operacional do mesmo e pela execução do planejamento estratégico da empresa. 
O novo Diretor–Presidente acredita que o uso mais intenso de ferramentas de tecnologia é importante para uma melhor gestão da empresa. “É preciso otimizar processos e eliminar o retrabalho, além de aumentar a produtividade nas ações específicas da CDRJ, tornando os portos sob a gestão da companhia mais competitivos. ” explica. Para o Presidente, nada disso é possível sem que haja  um grupo de colaboradores coeso, capacitado e que acredite nos direcionamentos do Poder Concedente, do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva. “É preciso forte conexão com os atores relevantes do ecossistema portuário, processos inteligentemente construídos, pessoas capacitadas e engajadas e tecnologia que vise a otimizar efetivamente as operações. Isso pode modificar para melhor o padrão de atividade desta organização.” Resume.   
Tomazoni tem firmeza nos propósitos “Como Diretor-Presidente procurarei focar, junto com os demais membros da Diretoria Executiva, em ações que reduzam os riscos aos quais a empresa está exposta e que aumentem a eficiência e a competitividade das operações. ” Finaliza.      
Por ASSCOM 
Fonte: http://www.portosrio.gov.br/

Este sindicato, fará sua parte, estando sempre à disposição para sentar-se à mesa juntamente com a diretoria da CDRJ para buscar soluções em conjunto, sempre balizadas pelas normativas, leis em vigor e a defesa desta corporação que nos orgulha.

Nossa filosofia prima pela conversa franca, transparente e com propostas de participar na busca de soluções e se for o caso, e temos a convicção de não precisarmos, poderemos usar das ações jurídicas, políticas e operacionais necessárias para mostrar nosso descontentamento, caso alguma aberração jurídica venha a ser imposta.

O próprio Ministro dos transportes o Sr. Ministro Maurício Quintella, reconhece a importância da segurança pública portuária, em especial a Guarda Portuária, confira o vídeo:


Isto posto, gostaríamos de dar as boas vindas ao Dr. Tomazoni, parabeniza-lo pela ação emergencial de preservação de nossas portarias e esperamos sempre participar, opinar, criticar, solicitar e contribuir para a manutenção de uma Guarda Portuária, equipada, treinada, protegida e amparada nas legislações em vigor.

Sabemos que o Dr. Tomazoni terá desafios e estamos aqui para assessorá-lo nas seguintes questões emergenciais:

Porte de armas vencidos;
Coletes balísticos vencidos;
Reciclagens inexistentes;
Ambientes de serviço insalubres;
Indicações sem avaliação de perfil técnico;
Inexistência de embarcação para patrulhamento da área de fundeio;
A criação de um canil;
Elevação da estima da Guarda Portuária;
Construção da Sede da Guarda;

Enfim, esperamos uma gestão técnica, participativa, coerente e legal.

Sindguaporrj

SindGuaporRJ na defesa da Segurança Pública Portuária


             Senhoras e Senhores, Guardas, Rondantes, Agentes e Inspetores da Guarda Portuária de todo o Brasil. O Sindicato da Guarda Portuária do Rio de Janeiro, vem nesta imensa rede cibernética, inaugurar mais um canal de informação e interação com todos vocês, independente do seu Estado de lotação.


Diretoria do Sindguaporrj - Da esquerda para direita: Thalita, Dejacy, João Paulo, Rangel, Varela, Serginho e Vasconcelos

Com seriedade, garra, transparência e trabalho em conjunto, acreditamos minimizar os estragos que a centenária Guarda Portuária vem sofrendo nos últimos anos, isto somando forças às demais representações e à federação Nacional dos Portuários.

Não lutamos por bandeiras políticas e sim por uma boa e honesta política de crescimento e preservação e proteção de nossa atividade.

Este blog receberá denúncias, críticas, elogios, sugestões através de seu e-mail blogsindguaporrj@gmail.com, desde que sejam as participações devidamente IDENTIFICADAS, conforme nossa Carta Magna rege.

Reservamo-nos o direito de ajustar erros de digitações ou retratarmo-nos, caso alguma matéria nos chegue de forma deturpada ou caluniosa.


SINDGUAPORRJ por nosso portos seguros.

Acesso aos portos do Porto do Rio terá sistema informatizado

Reunião entre CDRJ e usuários: acesso será informatizado A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) quer implantar um sistema informatiza...